A Primeira Noite de Um Homem

Dirigido por Mike Nichols, adaptado de Charles Webb
AVISO: Contém MUITOS SPOILERS. Leia por sua conta e risco.

Quem disse que é comédia romântica?

A não ser que seja os primórdios das comédias românticas, quando a ideia era só uma faísca.

Como Paul arranhando o início de Get Back no violão, antes de George e Ringo se meterem.

Para mim, é uma comédia dramática sobre um rapaz com dificuldades de socialização descobrindo o sexo e o amor, e se metendo numa furada.

Que furada.

Se ele fosse esperto, tinha seguido seus instintos e fugido da mãe na primeira oportunidade.

Mas ele não sabia o que fazer.

Me deu pena, mas também me deu vontade de ir lá sacudir pelos ombros.

Vai dar merda!

Tava tudo no rala e rola, sem conexão.

E aí apareceu a mocinha — a coisa mais linda e mais doce que poderia existir.

Ele não estava preparado.

Abandonou a ideia da mãe rápido. Achei até inconstante.

Se fechou com a mocinha no conversível, para não ouvir o barulho de fora.

Os dois num mundo próprio.

Claro que tudo deu errado.

E ele teve que dar o próximo óbvio passo: perseguir e insistir até que ela aceitasse se casar.

Só na cabeça dos homens isso pode funcionar.

Me faz perder a paciência.

Mas funcionou porque ele tinha uma ideia fixa e se agarrou a ela.

Determinado.

Acabou que eles fugiram do casamento.

E não teve nem um beijinho no fim.

Que dó da mocinha.

A Filha Perdida

Dirigido por Maggie Gyllenhaal, adaptado de Elena Ferrante
AVISO: Contém MUITOS SPOILERS. Leia por sua conta e risco.

Porque é Ferrante, você acha que vai perder um pedaço da alma no caminho.

Mas podia ser pior.

Podia ser uma Olívia Colman ou uma Jessie Buckley no papel de Nina.

Você terminaria a sessão em caquinhos.

Olívia/Leda aparece caída na areia da praia, sangrando.

E então voltamos para o início da história, ela alegre chegando sozinha na férias.

“Tantos livros, é escritora ou professora?”

Olívia encarna a escritora anônima, se esquiva.

Paul Mescal/Will aparece. <3

Aparece também uma família enorme, barulhenta, invasiva. Com Nina e Elena.

Ferrante gosta de dar o próprio nome aos personagens.

Leda observa: Callie dominante; Elena demandante; Nina atolada.

Quando Elena se perde, Leda sabia que ela estava usando chapéu.

Leda/Jessie também já perdeu Bianca, que era uma Elena quando pequena.

Assistir Leda/Jessie é tanto quanto assistir Leda/Olívia. Dá vontade de abraçar.

Leda rouba a boneca. Por quê, mô pai?

Tudo se complica e a gente deseja que ela não tivesse feito.

Família mafiosa, sabe? Nina é prêmio de Toni. Nina não pode fugir.

Nina tem caso, assim como Leda teve.

Peter Sarsgaard declama poema em italiano.

Maggie é boazinha demais com a platéia, mostrou o que o cônje tem de melhor.

Ódio desse marido abandonado que não sabe como cuidar das filhas.

Leda é corajosa, viu? Enfrenta o próprio desejo e também a máfia. Danada.

Nina é blasé demais. Alguém criou conexão?

Tem isso também que ela não está pronta para entender. Perde o trem.

Tudo acontece tão rápido que nem assusta direito.

Volta pra Leda caída na areia da praia, sangrando.

Ela pensa nas filhas. Me dá um abraço?

Aparece um celular, que ela usa para ligar para Bianca.

Aparece também uma laranja, que ela descasca com a mão.

Isso foi esquisito.

Os nomes começam a mudar no fundo preto.

Ai, Olívia, você. <3 E Maggie, você também. <3

Aquele medo que dá

– Eu posso ficar aqui um pouquinho?

A voz dele estava abafada, como se prendesse o choro ao respirar. Debaixo da franja que já estava chegando nos olhos, correu um rio seco que deixou um rastro.

– Claro que sim, kiddo. – Agora não tinha mais como continuar o trabalho. O passo mansinho e a voz anasalada indicavam que queria atenção. Então fingiu que estava digitando alguma coisa importante enquanto o menino acariciava mechas do seu cabelo.

– Que que aconteceu? Não estava brincando com o pessoal da rua?

Pausa. Alguém tentava respirar baixinho.

– Tô aborrecido.

Ela achou engraçado. Aborrecido era uma palavra que ele tinha aprendido naqueles dias, assistindo televisão.

– Mas como assim, aborrecido?

– Aborrecido. Eu estou aborrecido e não quero conversa. Quero ficar aqui quieto olhando você escrever.

Agora era sério. Se tivesse acontecido alguma bobagem, com certeza, um dramazinho já resolvia e depois de alguns chamegos o sorriso voltava, tudo estaria bem.

– Algum amigo seu fez malcriação com você?

– Não.

– Você caiu e se machucou?

– Não. (suspiro)

– Você quebrou algum brinquedo? O carrinho que ganhou de Natal?

– Nããããão, mããããe, nããão teeeeve nada.

– Bom, então eu não vou voltar a escrever até você me dizer o que aconteceu.

Ele ficou parado por alguns instantes, baixou a cabeça e respondeu.

– É que eu lembrei daquele filme que o menino perde o pai e pensei que ficaria muito triste se alguma coisa acontecesse com você.

– Hum, eu sei. Eu também ficaria muito triste. Mas olhe só, nada assim vai acontecer comigo. Na maioria das vezes que a gente fica imaginando coisas, nada acontece… é só imaginação. Entendeu?

Ele fez que sim com a cabeça para não contrariar. Das lágrimas restou só o olho vermelho, mas ele ainda estava carrancudo.

– Então, vai voltar lá pra baixo?

– Hum, não. Vou ficar aqui vendo você escrever.


Conto selecionado para participar da coletânea Prêmio Off Flip 2021.

Acelen Renewables: Cobertura da COP 28 — 2023

Acelen Renewables é um projeto de energia renovável da Acelen para produzir diesel sustentável e SAF (sustainable aviation fuel) a partir da macaúba, um fruto de palmeira com grande potencial energético em comparação tanto com os biocombustíveis utilizados hoje quanto com os combustíveis fósseis. Esse projeto foi lançado na COP 28, em Dubai, e eu participei da cobertura do evento criando para as redes sociais (Instagram e LinkedIn) da Acelen Renewables.

Lançamento do projeto

Mosaico de lançamento

Preparação para a COP28

AGENDA ACELEN COP

Acelen Renewables will take part on panels and events in partnership with CNI, at COP 28. VP of Communication, ESG and Institutional Affairs, Marcelo Lyra, and VP of New Business, Marcelo Cordaro, will be conducting panels about energy transition and sustainable fuels. Check out the agenda. #COP28 #Brazil #BrazilAtCOP28 #AcelenRenewables #Macauba #MacaubaSeed

Cobertura da COP28

Vídeos com depoimentos dos palestrantes

Depoimento de palestrante 1
Depoimento de palestrante 2

Cobertura do lançamento do projeto Acelen Renewables

Cobertura do que saiu na imprensa

Empreendedoras são mais jovens e mais conectadas do que eles

Apesar das dificuldades de 2020, as mulheres donas de negócios conseguiram encontrar maneiras de levar suas vendas para o digital – uma taxa 32% maior do que a dos homens.

No dia 19 de novembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora o Dia do Empreendedorismo Feminino com o objetivo de atrair a atenção mundial para o impacto econômico e social das mulheres como protagonistas de negócios.

Neste ano, a força econômica feminina teve uma grande baixa, com 52% de negócios fechados (temporariamente ou de vez), de acordo com a Coordenadora Nacional de empreendedorismo feminino SEBRAE, Renata Malheiros. Mas apesar das dificuldades, as empreendedoras foram também as que mais conseguiram encontrar maneiras de levar seus negócios para o meio digital, estima-se que cerca de 32% a mais do que os homens.

Segundo uma pesquisa do Sebrae em parceria com o FGV, cerca de 69% das empresárias já vendiam ou passaram a vender online. Isso mostra que inovação e disposição para se adaptar também são características das empreendedoras, que têm um perfil mais jovem do que o masculino e um nível de escolaridade 16% superior ao dos homens. 

Como é o caso da fundadora da startup de psicologia Vittude, Tatiana Pimenta. Ela é engenheira de formação e trabalhou em gigantes do setor como Grupo Votorantim, Camargo Corrêa e Hilti. Ela resolveu criar um blog (em 2016) depois que sentiu dificuldades de encontrar um psicólogo para si e para seus pais. O próximo passo foi virar um buscador on-line de estabelecimentos físicos de psicólogos e depois obter autorização do Conselho Federal de Psicologia para operar consultas online. Este ano, a empresa recebeu um aporte de 4,5 milhões de reais.

Outra empreendedora jovem que está abrindo espaço num mercado bastante masculino é Mariana Vasconcelos. Em 2014, ela fundou e preside a Agrosmart, uma startup que une o agronegócio e a tecnologia, e atua no monitoramento de plantações fornecendo informações em tempo real. O objetivo é ajudar na tomada de decisões para garantir o melhor proveito de cada safra e tornar a produção agrícola mais sustentável – ela garante o menor consumo de energia e de água, aumentando a produtividade em até 20%.

Com o passar dos anos, cada vez mais mulheres se arriscam em abrir novos negócios porque têm uma ideia ou vêem uma oportunidade de ganhar dinheiro. Uma pesquisa do Sebrae Minas, realizada entre 2013 e 2019, mostrou que o número de mulheres microempreendedoras que decidem abrir o seu próprio negócio aumentou em 124%. De acordo com o Global Entrepreneurship Monitor, em cooperação com o Sebrae, existem aproximadamente 24 milhões de mulheres empresárias no Brasil. O número de homens é de 25 milhões.

Preocupação, estresse ou ansiedade? Aprenda a identificar o que está sentindo.

Preocupação, estresse e ansiedade são diferentes e agem em nosso corpo de diversas formas. Entender o que estamos sentindo é o primeiro passo para manter a saúde mental no trabalho.

Vida de mulher moderna não é fácil, não é, minha filha? A sociedade tem muitos estigmas com relação ao ser mulher: a maternidade, a disparidade salarial, a dupla jornada de trabalho em casa e ainda mais uma pandemia; é muita coisa para lidar. Tudo isso prejudica nossa saúde mental e entender as diferenças entre estresse, preocupação e ansiedade pode ser um caminho para encontrar atalhos e aprender a lidar com essas situações da melhor forma possível.

A psicanalista clínica Melanie Greenberg (autora do livro “Cérebro à prova de estresse”, ainda sem tradução no Brasil) explicou ao New York Times o que é cada uma das sensações.

Preocupação é o que acontece quando nossa mente se encontra em pensamentos negativos, possíveis incertezas e obsessões quando há alguma meta para ser batida, por exemplo. As preocupações são um componente cognitivo da ansiedade e são sintomas apenas mentais, não corporais. Elas são uma forma do cérebro lidar com os problemas e encontrar soluções. Mas quando ficamos remoendo as preocupações, isso vira algo negativo.

Três formas de lidar com as preocupações:

  • Dê a si mesmo um tempo para se preocupar, 20 minutos, por exemplo. Mas quando esse tempo acabar, comece a redirecionar seus pensamentos.
  • Quando você notar que está se preocupando com algo, busque tentar fazer alguma coisa para resolver.
  • Escreva suas preocupações. Pesquisas mostram que só 8 ou 10 minutos escrevendo ajudam a acalmar pensamentos obsessivos.

Estresse é uma resposta psicológica causada por um agente externo real, como quando há um prazo ou algum desentendimento com um colega. No período pré-histórico, o estresse tinha uma função de resposta de comportamento, ativando nosso sistema linfático e liberando adrenalina e cortisol, que ajudam nosso cérebro a lidar com a ameaça.

Por causa desses hormônios, o estresse pode fazer a gente se sentir bem no início. Mas há também o estresse crônico, como uma situação financeira complicada ou um chefe difícil de lidar.

Três formas de reduzir o estresse:

  • Faça exercícios. Essa é uma forma do seu corpo se recuperar do aumento da adrenalina e do cortisol.
  • Limpe sua mente do que não pode controlar. Foque sua energia em coisas que pode controlar e aceite o que não puder.
  • Não compare o seu estresse com o de outras pessoas. Diferentes pessoas respondem de formas diferentes a situações de estresse.

Se estresse e preocupações são sintomas, ansiedade é o ponto culminante. A ansiedade tem um elemento cognitivo (preocupações) e uma resposta psicológica (estresse), o que significa que a gente experiencia ansiedade tanto em nossa mente quanto em nosso corpo. É o que acontece quando a gente lida com muitas preocupações e muito estresse.

A professora de psiquiatria da Harvard Medical School e presidente da Associação Americana de Ansiedade e Depressão, Luana Marques explica a ansiedade como uma resposta a um alarme falso. Imagine que você tem notado um medo de demissões no emprego e um dia, quando você aparece no trabalho, o seu chefe faz uma cara feia. Você fica estressada e começa a pensar que ele está insatisfeito com você e que o seu trabalho pode estar em risco. Seu sangue está fluindo, a adrenalina está bombeando, seu corpo está em estado de luta ou de fuga, mas não há nenhum predador por perto.

Há também uma diferença entre sentir-se ansiosa (que pode ser uma ocorrência normal do dia a dia) e ter um transtorno de ansiedade. O segundo é uma condição psicológica aguda, que pode incluir estresse e preocupações.

Três formas de lidar com a ansiedade:

  • Diminua a quantidade de açúcar e cafeína. Esses estimulantes podem ter um impacto importante no seu cérebro.
  • Verifique seus dedos dos pés. Como eles estão? Mexa-os. Esse tipo de reorientação pode te acalmar e quebrar o ciclo da ansiedade.
  • Quando você estiver no meio de uma crise de ansiedade, pensar ou falar sobre o que você está sentindo não vai ajudar. Tente se distrair da situação ouvindo música ou pulando corda por cinco minutos.

E ai, você se viu em alguma dessas situações listadas acima? Encontrou alguma ideia de como fazer para resolver aquela pulga atrás da orelha? Então, escreva para a gente em nossas redes sociais sobre o que rolou e como essa nova informação pode te ajudar. A gente vai amar conhecer a sua história.

No trabalho, mulheres desenvolvem autoconfiança com o tempo

Alguns fatores contribuem para o desenvolvimento da confiança feminina. Mulheres mais jovens costumam ter baixa autoconfiança mas a desenvolvem com o tempo.

Você se considera uma mulher autoconfiante, daquelas que vai atrás do que quer? Ou você vacila e demora um tempo até tomar iniciativa para atingir seu objetivo? No âmbito geral, as mulheres não se arriscam tanto quando estão em busca de uma vaga de emprego ou pensam em abrir um novo negócio.

Numa concorrência por emprego, por exemplo, elas costumam se candidatar às vagas quando preenchemos 100% dos critérios recomendados enquanto os homens se inscrevem com 60% – os dados são do próprio LinkedIn. Essa atitude resulta em 20% a menos candidaturas em relação a eles.

Da mesma forma nos negócios. Dados da WeConnect, organização internacional que busca conectar mulheres e fomentar negócios, mostram que 62,1% dos homens afirmam ter capacidade para iniciar e gerir um próprio negócio, enquanto as que têm essa autoconfiança são 47,7%.

Mas porque será que as mulheres têm menos autoconfiança  do que os homens? O instituto de pesquisa Kantar (2018) mapeou cinco fatores que contribuem para isso:

Autonomia financeira (24%)

Ser independente é uma aspiração fundamental para a autoconfiança de todas as mulheres. Ter acesso ao seu próprio dinheiro, controlar seus próprios gastos são fatores essenciais para a geração desse milênio.

Autonomia sexual e corporal (23%)

A percepção de que nossos corpos femininos são constantemente observados e julgados (inclusive nos ambientes de trabalho) é algo que nos deixa abaladas. Essa discussão sobre o que vestimos, se estamos no peso “certo”, se nos achamos bonitas permeia questões desde autoconfiança, autoestima e até mesmo segurança.

Liberdade de pensamento e expressão (22%)

Embora a liberdade de expressão esteja disponível a todes graças à internet, a liberdade de muitas mulheres é severamente limitada por uma combinação de pressões sociais, expectativas internas de como se posicionar em sociedade e falta de representação.

Representatividade (16%)

As mulheres sentem falta de representação na mídia e na esfera pública. Sentem falta de se identificar e se ver de todas as formas, tamanhos, etnias, papéis sociais e profissões tenham voz. Sem essa validação é difícil se imaginar atingindo seus objetivos, independente das oportunidades.

Conexões sociais (15%)

As mulheres frequentemente lutam contra a sensação de que estão sozinhas em seus interesses ou batalhas e não têm espaço em público para expressar seus sentimentos. Uma forma que encontram validação é através das conexões pessoais próximas ou pela internet.

A autoconfiança vem com o tempo

A boa notícia é que para elas essa autoconfiança é adquirida com o passar do tempo, mais até do que os homens desenvolvem. Um artigo publicado na Harvard Business Review mostra que, em termos gerais, as mulheres aumentam a autoconfiança em 29 pontos percentuais entre os 25 e 61 anos, enquanto eles crescem apenas 8,5 pontos – três vezes menos.

É possível que o baixo nível de confiança quando jovem as motive a ser mais resilientes e receptivas em relação aos comentários dos outros. E essa empatia se mostra mais efetiva com o tempo.
O mesmo estudo indica uma tendência semelhante nas percepções de eficiência em liderança, essa classificação aumenta à medida em que ficam mais velhas. Em idades mais jovens, as mulheres se classificam em notas significamente mais baixas dos que os homens e os superam quando envelhecem.

Diferença salarial entre homens e mulheres aumenta em cargos com especialização

Mulheres chegam a ganhar 52% a menos do que homens que exercem a mesma função.

É preciso estar sempre atenta: a busca por equilíbrio salarial entre gêneros não está terminada. Uma recente pesquisa realizada pela Catho mostra que mesmo em cargos de liderança, como gerentes e diretoras, as mulheres chegam a ganhar 39% a menos do que os homens.

Tal desigualdade se repete também em outros níveis hierárquicos, como coordenadora (-15%), especialista graduada (-34%), analista (-35%), especialista técnica (-19%) e operacional (-13%). A única posição em que mulheres costumam receber mais é a de assistente (2%).

Quando analisada por recorte de níveis de escolaridade, a amostra fica ainda mais desigual. Mulheres com pós-graduação, MBA ou especialização chegam a receber 47% a menos em relação a homens com os mesmos títulos. E na formação superior, essa diferença alcança 42%.

Esses dados de crescimento da desigualdade entre os gêneros são um alerta, principalmente porque interrompem um período de sete anos em queda. Um estudo encomendado pela Agência Brasil e realizada pela Quero Bolsa mostrou que de 2011 a 2018 a diferença salarial tinha reduzido de 63,98% para 44,7%. No ano passado, porém, essa taxa voltou a subir para 47,24%.

O estigma da maternidade

A principal causa da desigualdade de gênero no mercado de trabalho é a maternidade. De acordo com a pesquisa Panorama: Mulheres no mercado de trabalho da Catho, os impedimentos que responsabilizam à mulher nos cuidados com os filhos geram discriminação e pesam a balança, refletindo numa menor remuneração salarial.

Dados de 2018 mostram que, dentre principais conflitos enfrentados pelas mães está o receio de faltar ao trabalho caso os filhos adoeçam (48%). Além da preocupação de ter que pedir para chegar mais tarde para ir a uma reunião escolar (24%) ou atrasar devido a exaustão da rotina (10%).

Segundo a mesma pesquisa, 47% das mães já abriram mão de algumas oportunidades de empregos melhores e de promoções porque sabiam que teriam dificuldade de conciliar filhos e vida profissional.

O prejuízo é de toda a sociedade

Esse cenário desigual provoca perdas econômicas sobre toda a sociedade. Em 2015, um levantamento do Instituto McKinsey Global calculou que a equidade de gêneros poderia acrescentar até US$ 12 trilhões ao PIB mundial em 2025, caso todos os países alcançassem o ritmo dos mais igualitários de suas regiões. 

O Fundo Monetário Internacional já reportou sobre as consequências de uma possível ascensão profissional feminina em nível mundial. O resultado é que mulheres mais fortes financeiramente tomam decisões financeiras mais inteligentes que repercutem na educação e na saúde da família. E a realização de um potencial econômico pleno por parte das mulheres ocasionaria em menos pobreza, mais crescimento econômico e redução da desigualdade.

Redação para WhatsApp para a Mulvipay — 2023

Com o objetivo de comunicar aos consultores sobre as mudanças nos serviços oferecidos pela Mulvi Pay (serviço de maquininha de cartão de crédito/débito), desenvolvemos uma série de peças para disparo de WhatsApp.

Abaixo alguns modelos:

Este trabalho foi realizado enquanto trabalhei como redatora digital para a Agência Leiaute, em 2023.