Dirigido por Mike Nichols, adaptado de Charles Webb
AVISO: Contém MUITOS SPOILERS. Leia por sua conta e risco.
Quem disse que é comédia romântica?
A não ser que seja os primórdios das comédias românticas, quando a ideia era só uma faísca.
Como Paul arranhando o início de Get Back no violão, antes de George e Ringo se meterem.
Para mim, é uma comédia dramática sobre um rapaz com dificuldades de socialização descobrindo o sexo e o amor, e se metendo numa furada.
Que furada.
Se ele fosse esperto, tinha seguido seus instintos e fugido da mãe na primeira oportunidade.
Mas ele não sabia o que fazer.
Me deu pena, mas também me deu vontade de ir lá sacudir pelos ombros.
Vai dar merda!
Tava tudo no rala e rola, sem conexão.
E aí apareceu a mocinha — a coisa mais linda e mais doce que poderia existir.
Ele não estava preparado.
Abandonou a ideia da mãe rápido. Achei até inconstante.
Se fechou com a mocinha no conversível, para não ouvir o barulho de fora.
Os dois num mundo próprio.
Claro que tudo deu errado.
E ele teve que dar o próximo óbvio passo: perseguir e insistir até que ela aceitasse se casar.
Só na cabeça dos homens isso pode funcionar.
Me faz perder a paciência.
Mas funcionou porque ele tinha uma ideia fixa e se agarrou a ela.
Determinado.
Acabou que eles fugiram do casamento.
E não teve nem um beijinho no fim.
Que dó da mocinha.